efemeridades!

Sim, porque a vida é efémera e só nos apercebemos disso quando alguém que está perto de nós e nos marcou parte.
Ontem recebemos a notícia que o professor Paulo Eduardo Carvalho tinha falecido na tarde anterior. Quando a Isabel me ligou eu só pensei que ela podia estar a gozar comigo, só podia estar a brincar, porque um homem como aqueles não merecia partir tão cedo.
Não fui aluna dele muito tempo, foi só um semestre, e ele ensinava-me Literatura Inglesa- Drama do Séc. XX, mas esse pouco tempo fez-me sentir a verdadeira forma como todos os professores deviam ser, sem uma barreira entre os alunos, com a maior disponibilidade do mundo, com um grande sorriso na cara e uns olhos grandes que transmitiam uma inspiração inigualável.
Deixei de ser aluna dele, mas sempre que me via havia uma palavra a dizer e um sorriso a dar.
Hoje, vê-lo sem o sorriso deixou-nos com o coração apertado.
Aquela faculdade ficou sinceramente mais pobre e quem o teve como professor com certeza nunca o vai esquecer.